Saturday, August 14, 2004

Caixa de Pandora

Sobre promessas e idéias. Sobre passos rápidos a apressar o tempo. Sobre fatos sucintos a resgatar o passado.

Seguem assim amontoados num emaranhado, numa massa disforme sem princípio nem fim. A caixa que retém prestes a se abrir, o que antes era um, partido e fragmentado se multiplica, espalha o caos e exige atenção. A divisão tão clara e enevoada ao mesmo tempo. O conhecimento do que se passa e o deslizar passivo de notas sobre o reflexo oblíquo e anguloso do tempo, que despedaçado refrata imagens distorcidas, confunde o ido com o por vir. Pontos marcados sobre o metal forjado e arranhado, sempre no mesmo ritmo intenso, incansável e perturbador.

As mesmas ações a história repetida e recontada por trovadores diversos. A necessidade de algo, alguém, um ponto de distúrbio nesse concerto de acordes anunciados. Algo mais, ao menos uma interrupção nesse círculo vicioso onde só se vêem atitudes e consequência sempre numa escala previsível e monótona. Onde está a partícula que falta, o que virá a perturbar essa pré-ordem estabelecida.

Não quero saber, ter conhecimento do que vc vai fazer daqui a dez anos, uma semana, agora. Quero possibilidades, quero a chance de não esperar, quero sofrer a arte de ser surpreendida. Só pra variar...

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